sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018


                     Quem cuida da saúde mental cuida da vida

   Todos nós, em algum momento da vida, passamos por algum problema. Pode ser uma pequena dificuldade de se adaptar a uma mudança, o sofrimento pela perda de alguém, impasses que tiram nosso sono ou até mesmo o questionamento se queremos continuar vivendo e, neste caminho, nossa tendência pode ser buscar ajuda com nossos amigos, familiares ou tentarmos “resolver” tudo sozinhos.   
Porém, quando estamos dentro de certas questões, por vezes, até podemos ter consciência de quais são os nossos problemas. Ocorre, todavia, que temos dificuldades de nos percebermos de fora e intervir em nós. Você já se imaginou fazendo uma cirurgia em si mesmo? É por aí a dificuldade que podemos enfrentar.
E será que um amigo ou familiar seu, por mais boa vontade que tenha, poderia fazer esta “cirurgia” em sua mente? Bem, me permita mais algumas perguntas: Será que, quando contamos nossas queixas, nos despreocupamos com o julgamento que podemos ter? O que dizemos será sempre acolhido? Conseguimos dizer tudo, tudo mesmo?
São questionamentos que nos levam a entender que precisamos de cuidados sim! Por vezes, cuidados profissionais. Em se tratando de saúde mental, um psicólogo pode nos ajudar.  E sabe por quê? Ele estudou cinco anos a Psicologia, possui conhecimentos fundamentados nesta ciência, assume o compromisso com o sigilo, confidencialidade e de não induzir seus clientes a suas convicções pessoais.  O psicólogo não estudou para realizar uma “sessão de conselhos”, mas um processo técnico-científico com avaliação, objetivos e observação da evolução deste acompanhamento.  
E, dentre as diversas práticas do psicólogo, destacamos a Psicoterapia, digamos que   uma “cirurgia” sem cortes físicos, mas uma abertura profunda em nossa existência, uma  possibilidade de autoconhecimento, revisão de quem somos, da nossa vida. E, neste processo, clarificação e ajuda no lidar com os nossos sentimentos e relações  e, isso, caro leitor, exige conhecimento científico do “cirurgião das emoções” e engajamento do paciente.                       
Entregar-se aos cuidados de um psicólogo não é fraqueza, não é incompetência no gerenciamento da nossa vida, é cuidar da saúde mental. É permitir que nós sejamos    “operados” e colaboremos para  a efetivação deste processo.  É compromisso com a vida.
Vamos nos permitir?              

Por Marina Bentivi